Mais uma vez VERGONHA no Campeonato Estadual de Taekwondo em Mato Grosso do Sul
Por Mestre
Fábio Costa
Durante o ano,
a Academia Fábio Costa vem disputando os campeonatos estaduais e a cada evento
observo e apresento falhas gritantes nos eventos que vem ocorrendo em Mato
Grosso do Sul, além de comentar irregularidades que vem sido cometidas pela
diretoria desta federação. O que mais incomoda é o fato dos diretores
simplesmente ignorarem nossas reclamações e solicitações e afundarem cada vez
mais o Taekwondo de nosso estado.
Então vamos
lá:
Estatuto novo aprovado e apresentado aos associados sem participação dos
mesmos, eleição da federação sem comunicar associados, aprovação da prestação
de contas sem associados para aprovar, inauguração dos protetores eletrônicos
sem protetores eletrônicos. Fazer exame de faixa preta sem comunicar os
associados privilegiando apenas uma academia em todo Estado de Mato Grosso do
Sul.
Pronto! Digo novamente, será que vão parar por ai? Será?
A poucos dias do campeonato estadual fiz uma
matéria relacionada a retirada do diretor de arbitragem, professor Nelson
Gonzales, que ao meu ver seria a pessoa mais capacitada para tal cargo, uma vez
que o mesmo é o único árbitro nacional atuante no estado de MS e com bagagem
para tal cargo.
Observei no
evento as atitudes do atual “vice-diretor” de arbitragem, vice, cargo novo
inventado sabe lá por quem que não existe segundo o estatuto da FTKDMS,
tentando dar o seu máximo para que o evento corresse bem. Esse vice-diretor há
poucos dias atrás era o novo diretor de arbitragem e novamente não sabendo o
motivo foi rebaixado a vice-diretor.
Saudades do Nelson como diretor de arbitragem |
Então ta, mas
como alguns hipócritas desta federação dizem “vamos fazer tudo em prol de um
Taekwondo melhor” só que para que isso de certo temos um pequeno problema: como
operar o placar eletrônico?
Caramba cadê o
Nelson nessas horas? Poderíamos chamá-lo novamente para nos ajudar na
arbitragem. Quem sabe ele até de um jeito do placar funcionar! Mas se chamarmos
como fica nosso orgulho? É melhor não chamar e realizar o campeonato assim
mesmo, SEM PLACAR.
Após esse
episódio os diretores fizeram uma reunião com os árbitros e professores e
disseram que o placar está estragado e a federação não tem recurso para trazer
os protetores eletrônicos que estão na confederação. Nosso “brilhante” diretor
técnico ainda disse que ao invés de reclamarmos porque cada professor não dá mil
reais e daí eles trazem os protetores – como se fosse nossa culpa o fato do
evento não ter placar. É ai que fica a dúvida, a federação não tem como uma de
suas finalidades angariar recursos?
“A culpa não
é nossa de não ter placar, somos associados desta federação e pagamos as taxas
que a entidade cobra em dia. É obrigação do presidente correr atrás de
recursos. Afinal atualmente não ganhamos nada com a federação, nossos atletas
vão para eventos nacionais com o dinheiro do bolso e ainda passam por
constrangimentos diante dos diretores dessa federação.”
Já estávamos incomodados
com o fato de mandarmos a lista dos nossos atletas e não recebermos sequer confirmação
de recebimento, com a falta de transparência de seus diretores, com a falta de
estrutura para pesagem onde fazem sempre na mesma academia onde temos que ficar
para fora da mesma entrando só nossos alunos enquanto o professor fica fazendo
seu marketing dentro da mesma e agora mais isso, evento sem placar. Não se
preocuparam em fazer nem sequer sumulas para que pudéssemos pelo menos participar
do evento como era nas décadas de 80 e 90.
E a coisa não
parou por ai, foram feitas lutas casadas no evento sem autorização dos
professores. As categorias de peso servem para minimizar o risco,
principalmente de atletas iniciantes e crianças se machucarem por conta de diferenças
de tamanho. Para isso existem as categorias de peso, idade e graduação!
No evento
presenciei o desespero de uma mãe ao ver o filho no chão por não aguentar a
força dos chutes de um adversário bem maior como consta na foto abaixo:
Adan de 28 kg da cidade de Corumbá contra adversário de Dourados de 33 kg |
Árbitros da Academia Fábio Costa não puderam atuar |
A federação
ainda solicitou a participação de dois árbitros de cada academia e enviei os da
Academia Fábio Costa, árbitros que participaram dos cursos de arbitragem
solicitados pela federação para que pudessem atuar no Estado de Mato Grosso do
Sul. O irônico nisso é que mesmo cumprindo as solicitações da federação, os
árbitros da academia puderam atuar apenas na inspeção dos atletas e no máximo
conseguiram se promover a ajudar na entrega dos troféus e a somar o resultado
final. Perseguição política?
Ainda
presenciei um professor saindo chateado devido ao constrangimento que passou
por cobrarem anuidade do mesmo apenas quando estava entrando na área de luta
para que seu aluno pudesse lutar. O mesmo saiu constrangido, teve que deixar
outro professor no seu lugar para que pagasse a tal anuidade e disse: agora eu
te entendo Fábio. Essa prática tem sido aplicada pelos diretores da federação a
tempos.
A coisa não
para por ai, no evento realizaram um “pré-exame de faixa preta”, novidade que
só existe na FTKDMS onde participaram nove candidatos a faixa preta, sete são
da Academia Fábio Costa e dois da Associação Pedro Lemes (do professor Pedro,
meu aluno). Nosso brilhante diretor técnico foi orador e começou chamando os
Poons (faixa preta infantil) a iniciar o pré-exame. Em seguida chamou os faixas
vermelha ponta preta, ai então dois candidatos a poom se manifestaram dizendo
que fariam exame para Poom e não para Dan (aqui os exames são diferentes). Indignado
nosso diretor deu o maior ralo nos dois candidatos dizendo que já havia chamado
os Poons e que agora eles teriam que fazer o mesmo exame dos candidatos a Dan.
Ao ver o constrangimento dos dois garotos acabei intervindo dizendo que o mesmo
havia chamado os “Poons” e não os candidatos a Poom que são “gubs”. Após discussão
com o diretor, ele reconheceu seu erro mesmo não reconhecendo pedindo para que
os candidatos a Dan se sentassem para pedir o exame para Poom.
Alunos da Academia Fábio Costa e Associação Pedro Lemes no pré-exame |
Campeonato Estadual com quantidade reduzida de atletas! |
Para a
realização desses eventos a federação capta recursos da FUNDESPORTE, e ai vem à
dúvida, será que esta entidade não poderia enviar alguém para inspecionar os
eventos que a mesma financia. Acredito que se fosse alguém inspecionar nunca
mais patrocinaria um evento como esse, afinal, é a marca FUNDESPORTE que está
aparecendo em um evento desestruturado, com uma quantidade muito reduzida de
atletas participando da competição, a qual deveria ser considerada a maior do
estado.
Mais uma vez digo que esperamos abrir os olhos de pessoas com força no
Taekwondo Nacional para que observem o que vem acontecendo com o Taekwondo no
Estado de Mato Grosso do Sul e se possível que tome alguma atitude.
Como disse,
os eventos de Taekwondo de MS vem piorando a cada dia e quando soube da falta
de placar reuni meus alunos, falei a respeito e os mesmos concordaram em não
lutar neste evento. Assim saímos de cabeça erguida e consciente de que estamos
fazendo isso “em prol de um Taekwondo melhor”.
Atletas da Academia Fábio Costa decidiram não participar do evento por discordarem desta desorganização |
Comentários
Postar um comentário